domingo, 7 de novembro de 2010

É devagar… É devagar, devagarinho, Vascão…

Mengão fatura o primeiro título de 2010!

Previsão de chuvas e trovoadas pra cima de Corinthians e Fluminense

Com aplicação, Flu resiste à pressão do Vasco, vence e continua líder


Time mantém vantagem de um ponto sobre Corinthians e Cruzeiro com o triunfo por 1 a 0. Gol da vitória, de Tartá, surgiu com três minutos de jogo



Antes, o Corinthians havia feito a sua parte, ao derrotar o São Paulo por 2 a 0 no Morumbi. O Cruzeiro também. Venceu o Vitória no Barradão. Restava ao Fluminense derrotar o Vasco no Engenhão, neste domingo, para não deixar escapar a liderança do Brasileirão. E o triunfo ocorreu graças à aplicação tática, aliada à luta e à sorte que costuma acompanhar os campeões. O time de guerreiros, conforme canta sua torcida, resistiu à forte pressão do Vasco no fim. O gol de Tartá, com apenas três minutos de jogo, garantiu o 1 a 0 que leva a equipe aos 61 pontos, um ponto à frente dos outros candidatos ao título, a quatro rodadas do fim do Brasileirão 2010.
Nas arquibancadas, a resposta do torcedor foi com a costumeira empolgação. A notícia ruim para o tricolor que viu pela TV ou esteve presente ao Engenhão na noite deste domingo - o público, de pouco mais de 16 mil pagantes, com mais de 20 mil presentes, voltou a decepcionar - é que o meia Marquinho, numa trombada com o próprio colega de time, o zagueiro Leandro Euzébio, deixou o campo com suspeita de fratura no braço.
Tartá comemora no jogo entre Fluminense e Vasco
Houve também tumulto no fim da partida. Do lado do Vasco, não faltaram reclamações contra o árbitro Péricles Bassols, que foi cercado pelos jogadores. A maior foi pela forma como terminou a partida. A bola havia sido alçada na área para Fumagalli cabecear. Fernando Prass, Fágner e Nunes foram os que mais se queixaram. O atacante, inconformado também com Leandro Euzébio - os dois se estranharam durantes os 90 minutos -, chegou a esperar o zagueiro tricolor descer no túnel para o vestiário com intenção de agredi-lo. Acabou contido  pelo zagueiro Dedé e o técnico PC Gusmão.
Briga boa mesmo é pelo título. Na 35ª rodada, o Fluminense receberá o Goiás também no Engenhão, no próximo domingo. No mesmo dia, em São Januário, o Vasco pegará o São Paulo.


Gol no começo do Flu
No primeiro tempo, o Tricolor aproveitou-se dos erros de marcação e da lentidão do Vasco para obter com justiça a vantagem no marcador,  ainda que nos minutos finais tenha levado uma pressão do adversário, que acertou principalmente o buraco criado entre os seus setores.

O jogo já começou com muita emoção. O técnico PC Gusmão surpreendeu ao escalar o Vasco no 4-3-3. Em vez de começar com o volante Jumar, optou por Jonathan na frente fazendo companhia a Eder Luis e Nunes. E logo no primeiro minuto, o camisa 15, pela direita, tratou de aproveitar bem a chance de começar como titular. Pela direita, centrou na medida para Nunes. O centroavante bateu pelo alto e perdeu uma grande oportunidade de abrir o placar.
O susto não abalou o Fluminense, mais motivado em campo por uma vitória. Num contra-ataque iniciado por uma "pipocada" de Felipe, que perdeu a bola, Tartá serviu Washington pela meia esquerda. O atacante cortou Cesinha para o meio e bateu cruzado. Fernando Prass espalmou nos pés de Tartá, que se antecipou à defesa cruzmaltina e escorou para as redes, aos três minutos, abrindo o placar para o Tricolor.


Erros cruzmaltinos
Com a desvantagem no placar logo no início, o Vasco se viu obrigado a sair mais ainda para o jogo. Só que a saída de bola era lenta para servir Felipe. Com isso, o ataque, apesar de contar com três jogadores, pouco rendia porque não era municiado. E o meio-campo, com menos um na marcação, perdia a maioria das jogadas e deixava buracos na defesa, que errava na saída de bola.
Numa bobeira dessas, Washington, livre no meio, serviu Conca na esquerda. O camisa 11, que andava marcado ora por Romulo ora pelo camisa 8 Rafael Carioca, dessa vez não tomou conhecimento e bateu cruzado. Prass foi bem na bola e espalmou para escanteio. Logo depois, Carlinhos, também pela esquerda, teve chance semelhante, mas bateu fraco.

Se o esquema defensivo cruzmaltino mostrava falhas de marcação e erros na saída de bola, além da lentidão, o ferrolho montado por Muricy dava poucas chances ao adversário de criar. Favorecida pela boa marcação do meio-campo, que fechava bem os lados para evitar os avanços dos laterais Fágner e Max, a zaga tomava conta da área.  Leandro Euzébio, com atadura após uma contusão na cabeça, ditava a disposição. No meio, Valencia, Fernando Bob e Marquinhos lutavam pela bola. Tartá e Washington, bem, se movimentavam na frente e criavam.


Vasco quase empata

A partir dos 33 minutos, após Mariano arrancar pela direita e bater para Dedé desviar a bola para escanteio e assustar Fernando Prass, o panorama mudou. A marcação vascaína adiantou, aproximando o meio do ataque. Com menos buracos, o toque de bola melhorou. Nunes teve boa chance mas foi travado por Gum. Eder Luis e Jonathan se mexiam mais, abrindo espaços e chamando os laterais. Numa falta cobrada pela esquerda, Eder Luis cabeceou de costas para o gol. Ricardo Berna espalmou para escanteio.

Outro que passou a participar melhor do jogo foi Felipe. O camisa 6 vascaíno fez sua melhor jogada pela meia direita, quando ajeitou a bola e bateu de canhota, rente à trave. E no fim do primeiro tempo, a oportunidade do empate ocorreu do outro lado do campo. Mariano errou saída de bola. Max a tomou e deu um tirambaço de canhota, mas a bola perdeu a direção.


Segundo tempo

PC Gusmão reclamou da falha nas finalizações. E mandou o Vasco continuar no ataque. O Flu, com a vantagem no placar, esperava o adversário e buscava explorar os contra-ataques, principalmente com a velocidade dos laterais Mariano e Carlinhos.

Aos sete minutos, numa confusão na área, com a bola parada, Cesinha deu uma cotovelada em Conca que o árbitro Péricles Bassols não puniu. Apagado no primeiro tempo, o camisa 11 argentino pelo menos buscava mais se livrar da marcação. Do outro lado, Felipe, apesar de vigiado por Fernando Bob, crescia na armação das jogadas. Numa delas, arriscou de perna direita, que não é seu forte. Bola fora. Pouco depois, iniciou outra na medida para Jonathan, da meia-lua, mandar uma bomba que Berna salvou para escanteio, na melhor defesa do jogo.
O Vasco avançava os laterais - PC Gusmão lançou Irrazábal no lugar de Max pela esquerda. Mas foi pelo lado direito que surgiu outra grande oportunidade de empate. Mas Eder Luis bateu cruzado, à direita de Ricardo Berna, com perigo. Na jogada seguinte, Fágner tropeçou em Marquinhos, que vinha por trás e tomou a bola em condições de marcar. Demorou a cortar Prass e bater. Fágner se recuperou e salvou o Vasco de sofrer o segundo gol.
Eder Luis cansou e deu vez a Jefferson Silva. Felipe e Irrazábal trocavam de posição para aumentar o gás no meio-campo. Do lado tricolor, Tartá, cansado, sumiu. Quem apareceu bem novamente foi Mariano, que centrou na medida, mas Washington não alcançou a bola.  O que aumentou o drama tricolor.
PC Gusmão arriscou com Fumagalli no lugar de Rafael Carioca. Mais ofensivo, o Vasco insistia, e Nunes por pouco não empatou. O atacante recebeu de Fágner e chutou na trave. Muricy respondeu no Flu com Thiaguinho no lugar de Tartá. Quando ia lançar Rodriguinho no de Washington, Marquinho se chocou com Leandro Euzébio e saiu com suspeita de fratura no braço.

No contra-ataque, no fim, Conca fez sua melhor jogada na partida e serviu Washington, que perdeu nova chance e irritou a torcida, tensa com a pressão do Vasco e o jejum do atacante de 12 partidas sem marcar. No apito final do árbitro, confusão. Fernando Prass e Fágner, além do resto do time do Vasco, reclamaram da forma como Péricles Bassols terminou a partida, com a equipe no ataque.  Apesar de todo o sofrimento, a festa foi tricolor no fim.



sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ronaldinho e Neymar são convocados para a Seleção

Mano Menezes confirmou nesta sexta-feira a convocação dos dois jogadores para amistoso contra a Argentina



A vontade da maioria dos torcedores foi atendida. O técnico Mano Menezes confirmou nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, as convocações de Ronaldinho Gaúcho e Neymar para o amistoso da Seleção Brasileira diante da Argentina, no dia 17 de novembro. A partida será disputada em Doha, no Qatar.
Neymar esteve na primeira partida de Mano Menezes no comando da Seleção Brasileira, contra os Estados Unidos. No entanto, o atacante do Santos foi preterido na convocação para os amistosos contra Irã e Ucrânia devido o atrito que teve com o então técnico do clube paulista, Dorival Junior.
Já Ronaldinho Gaúcho estava ausente da Seleção há mais tempo. O meia não atuava com a camisa "amarelinha" desde o dia 1º de abril de 2009. Na ocasião o Brasil venceu o Peru, por 3 a 0, em Porto Alegre. Ronaldinho começou no banco e entrou no lugar de Elano no decorrer da partida.
Os 23 convocados para o amistoso contra a Argentina foram:
Victor - Grêmio
Jefferson - Botafogo
Neto - Atlético Paranaense
Daniel Alves - Bacelona
Rafael - Manchester United
Thiago Silva - Milan
David Luiz - Benfica
Alex Costa - Chelsea
Rever - Atlético Mineiro
André Santos - Fenerbahçe
Adriano - Barcelona
Lucas - Liverpool
Jucilei - Corinthians
Sandro - Tottenham
Elias - Corinthians
Ramires - Chelsea
Douglas - Grêmio
Philippe Coutinho - Internazionale
Ronaldinho Gaúcho - Milan
Robinho - Milan
Neymar - Santos
Alexandre Pato - Milan
André - Dínamo de Kiev

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ney Franco convoca sub-20 dia 30 de novembro e diz: 'Conto com Neymar'


Treinador revela já ter preparado lista com 35 nomes de possíveis convocados e que vai ao Peru no próximo mês para fechar a logística


Após pouco mais de cinco horas de reunião com Mano Menezes, comandante da Seleção Brasileira principal, o técnico Ney Franco definiu para o dia 30 de novembro a data da convocação da equipe sub-20 para a disputa do Sul-Americano da categoria, em janeiro, no Peru. E na lista, o treinador já garantiu um nome: o do atacante Neymar, do Santos. A expectativa é contar com o jogador na competição, que vale duas vagas para as Olimpíadas de 2012, em Londres.
- Queremos trabalhar com os melhores jogadores da categoria e o Neymar está entre esses jogadores. Conto com ele - afirmou Ney Franco.
O treinador e coordenador das categorias de base da CBF revelou ter tomado conhecimento das declarações de Neymar. No início da semana, o atacante manifestou o interesse de disputar a competição e ajudar a Seleção a chegar aos Jogos Olímpicos.
- Vi através da imprensa as declarações do Neymar. Fiquei feliz de saber que ele tem o mesmo pensamento nosso em relação a essa competição - elogiou Ney.
O treinador da Seleção sub-20 afirmou ainda que a partir da convocação, no dia 30 de novembro, ele vai criar uma ligação maior com os clubes dos atletas chamados para o Sul-Americano.
- A minha ideia minha é ter contato com os clubes. Quando definirmos a convocação vamos mandar toda a programação para os clubes para criar esse vínculo - disse.
Lista com 35 nomes é elaborada para a convocação
O comandante da sub-20 confirmou ter elaborado uma lista com 35 nomes de possíveis convocados para o Sul-Americano. De acordo com Ney Franco, apenas dois atletas atuam no exterior. Um deles é Philippe Coutinho, do Inter de Milão. O ex-jogador do Vasco foi citado pelo treinador em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM no início do mês.
- Trouxe uma relação de 35 selecionáveis, com a maioria jogando aqui dentro. Temos nessa lista dois casos de jogadores que estão lá fora, mas a maioria joga no Brasil. Essa safra de 91 e 92 é muito boa, uma das melhores do futebol brasileiro nos últimos anos.
Porém, apesar de ter afirmado que conta com os atletas que atuam no exterior, Ney Franco afirmou que só vai convocar os atletas que estão interessados em atuar na Seleção Sub-20.
- É uma competição de calendário oficial. Você tem que fazer a convocação e ela precisa ser respeitada. Mas ao mesmo tempo eu quero trabalhar com jogadores que queiram vestir a camisa do Brasil, que queiram disputar a competição. Tudo isso vai ser levado em conta. Não queremos obrigatoriedade. O perfil será esse - disse o jogador.
Treinador vai ao Peru em novembro
Ney Franco também confirmou a sua ida ao Peru, no dia 22 de novembro. O treinador vai acompanhado do supervisor Guilherme Ribeiro e do preparador físico Alexandre Lopes. A intenção é definir de vez os hotéis onde a Seleção ficará hospedada e os locais de treinamento. As informações até o momento não são as melhores.
- Algumas notícias que chegaram em relação às sedes vão ser checadas. Vamos elaborar a programação dos hotéis, os campos que temos disponíveis para treinamentos e vamos elaborar um planejamento bem profissional, já que as dificuldades serão grandes.
O treinador afirmou que a cidade de Moquegua é a que mais preocupa. Outro fator estudado pela comissão técnica é a altitude de 2.300 metros de Arequipa, mas sem muito alarde.
- A primeira fase será disputada em Tacna e Moquegua. O Guilherme (Ribeiro, supervisor) encontrou dificuldades em Moquegua para encontrar hotéis e bons locais de treinamento. Vamos procurar a melhor alternativa.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Brasil x Argentina: jogo para fazer brilhar o currículo de Mano Menezes


Experiente em grandes clássicos regionais, técnico da Seleção Brasileira tem enorme desafio em novembro: ‘Estarei mais preparado depois’


Mano Menezes está acostumado com a rivalidade de Grêmio e Inter. Está acostumado também às disputas do Corinthians com os rivais Palmeiras, Santos e São Paulo. Mas um duelo gigante como Brasil x Argentina é novidade na carreira do treinador da Seleção Brasileira. Deixará de ser no próximo dia 17 de novembro, quando os países jogam em Doha, no Qatar.
Sim, é amistoso, mas só no nome...
Como costumamos dizer no futebol: é um jogo para colocar no currículo. Talvez seja o maior clássico do futebol mundial ou um dos maiores, porque sul-americano é com certeza – declarou Mano Menezes ao GLOBOESPORTE.COM, pouco antes de participar do programa “Bem, Amigos”, do SporTV, na última segunda-feira.
Quando foi técnico do Grêmio e também quando comandou o Corinthians, Mano esteve presente em vários clássicos. E sempre deu muito valor a esses jogos. Ele gosta de partida grande. Sabe também que experiências anteriores, mesmo que seja de rivalidade clubística, podem ajudar na preparação para o jogo no Qatar.
- Proporcionalmente dá para comparar, mas colocando em uma proporção ainda maior, envolvendo seleções. Todas as experiências em grandes jogos te dão um preparo maior. E certamente depois dessa partida entre Brasil e Argentina eu vou estar mais bem preparado – acrescentou o técnico da Seleção Brasileira.
O retrospecto de Mano em clássicos é positivo. Contando Gre-Nal e duelos do Corinthians contra Palmeiras, Santos e São Paulo são 26 jogos, com 11 vitórias, nove empates e seis derrotas, aproveitamento de 53, 8%.
Mano Menezes
O duelo com a Argentina será o quarto desafio do Brasil na Era Mano Menezes. Antes, a Seleção venceu Estados Unidos, Irá e Ucrânia. Mas é inegável que o duelo com os argentinos é o maior evento depois da Copa do Mundo da África do Sul, na qual o time verde-amarelo caiu para a Holanda nas quartas de final. Sendo assim, a convocação também é a mais esperada de todas. Será que vai ter novidade?
- Temos de esperar a convocação de sexta-feira (dia 29, às 10h30m). O que acontece é que no Brasil estamos em final de temporada e na Europa ainda está começando. E nós temos a impressão que nosso adversário vai chamar em sua maioria os jogadores que atuam na Europa – falou Mano.
A partida do dia 17 de novembro será a de número 94 da história de Brasil x Argentina. Nos outros 93 encontros, a Seleção Brasileira leva vantagem. São 37 vitórias contra 33 dos hermanos. Houve ainda 23 empates.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Mano aprova teste e diz que Seleção precisou se desdobrar para vencer


Treinador explica mudança tática da equipe e diz que jogadores sentiram dificuldades para superar a marcação do Irã e o forte calor de Abu Dhabi


A Seleção Brasileira teve dificuldades para vencer o forte calor de Abu Dhabi e o compacto time do Irã, nesta quinta-feira, no Zayed Sports City. Na opinião do técnico Mano Menezes, a equipe precisou encontrar soluções para chegar aos 3 a 0, placar final da partida. Segundo o comandante canarinho, o teste diante dos iranianos foi bem diferente do realizado diante dos Estados Unidos, em agosto, em Nova Jersey. Naquela ocasião, o Brasil venceu por com facilidade por 2 a 0.
- Foi um adversário que apresentou uma proposta diferente de jogo. Foi interessante para enfrentarmos uma outra caracterísitica de jogo, para passarmos por uma outra necessidade. Tivemos que achar soluções para vencer. Esperávamos uma equipe mais fechada do que a encontrada no primeiro amistoso. Mas, mesmo assim, conseguimos um resultado importante - analisou.
O treinador aproveitou para explicar a saída de Philippe Coutinho no intervalo da partida. Segundo Mano, a postura do Irã não facilitava a armação de jogadas da Seleção e, por isso, ele optou pela entrada de Elias na vaga do jogador do Inter de Milão.
- Eles conseguiram nos distanciar por conta da armação tática que propuseram no início da partida. Ficamos com o Coutinho isolado de um lado, o Robinho aberto do outro, e o Carlos Eduardo sobrecarregado na armação. A mudança foi para colocar mais um jogador no meio e ter mais um atleta perto do Pato - analisou Mano.
Nesta sexta-feira, a Seleção Brasileira vai seguir para a Inglaterra, onde vai enfrentar a Ucrânia, na próxima segunda-feira, em Derby. A expectativa é que o grupo realize uma atividade em solo europeu na parte da tarde.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

'Não abandonei o barco. Eu fui chutado do barco', afirma Zico


Ex-diretor executivo afirma que gota d'água foi Patrícia ter vetado sua ida ao Conselho Fiscal para se defender. E para voltar ao clube, só 'mandando'



O maior ídolo da história do Flamengo resolveu falar. Em sua casa, na Barra, Zico expôs, nesta terça-feira, os motivos de ter surpreendido, na madrugada de quinta para sexta-feira, pelo seu site oficial, milhões de torcedores ao comunicar a saída do clube em que havia assumido, quatro meses atrás, o cargo de diretor executivo. E o maior alvo foi a presidente do clube, Patrícia Amorim. A gota d'água foi o fato de a dirigente, segundo o Galinho, ter vetado sua ida ao Conselho Fiscal no dia 29 de setembro, numa quarta-feira, para se defender das acusações do diretor Leonardo Ribeiro, o Capitão Léo, contra ele próprio e seus filhos, Júnior e Bruno, de irregularidades em contratações de jogadores e no contrato assinado com o CFZ.

 Não abandonei o barco, fui chutado do barco. Eu não me sentia o comandante. Queria ir me defender das acusações no Conselho Fiscal, mas a Patrícia insistiu: "Não vai lá, não vai lá, deixa que eu resolvo." Fui para Goiás, para o jogo. Chego lá, recebo um email de um amigo meu, que é conselheiro, dizendo que haviam marcado reunião urgente no Conselho para discutir um contrato do Flamengo com o CFZ que pode causar um prejuízo ao Flamengo de R$ 50 milhões. Eu tinha recebido um outro email da Patrícia dizendo que não ia acontecer mais essa reunião, que estava tudo resolvido. Aí, fico sabendo depois que houve a reunião (terça-feira, com Leonardo Ribeiro) e o diretor da base (Carlos Noval) é que foi explicar tudo. Quem tinha que ir era eu. As acusações eram contra mim e os meus filhos. Como ia continuar assim, numa situação dessas? Perde-se a confiança. Eu não tinha mais condição, me jogaram do barco, me alijaram..



Zico confirmou que fez críticas à presidente na frente do elenco na sexta-feira, 1º de outubro, dia em que se despediu dos jogadores e da comissão técnica (assista à entrevista).

Disse para ela, na frente do plantel, e só fiz isso porque ela estava lá: "Você me apoiou pessoalmente, mas não me apoiou nos poderes do clube." Ela não defendeu ela mesma. Foi ela que fez a parceria. Tem que dar murro na mesa. E isso não aconteceu. O Flamengo não pode ser maculado - afirmou o Galinho.

O ex-dirigente rubro-negro comunicou que está entrando com ação criminal contra o presidente do Conselho Fiscal, Leonardo Ribeiro, o Capitão Léo. E explicou por que tomou a decisão numa madrugada, de quinta para sexta-feira.

Foi instintivo. Quando cheguei de Goiás, a decisão estava tomada. Minha ideia, na quinta-feira, era ir direto da maternidade, onde nasceu meu neto (Antônio), para a casa da Patrícia, mas ficou tarde e fiz a comunicação por celular. Depois, no dia seguinte, acordei e liguei para ela sobre o porquê de ter comunicado no meu site oficial. Foi o mesmo procedimento de quando eu cheguei.  Na época, ninguém me criticou por isso. Agora, estão me criticando.

Zico reconhece que não se saiu bem como dirigente. E na hora de avaliar o seu desempenho, mostrou a mesma humildade dos tempos em que brilhou nos gramados.


Abaixo, confira o desabafo de Zico.
zico entrevista'Para voltar ao Flamengo, só se for mandando. Como
presidente' (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
SAÍDA

Não abandonei o barco, fui chutado do barco. Eu não me sentia o comandante. Queria ir me defender das acusações no Conselho Fiscal, mas a Patrícia insistiu: "Não vai lá, não vai lá, deixa que eu resolvo." Fui para Goiás, para o jogo. Chego lá, recebo um email de um amigo meu, que é conselheiro, dizendo que haviam marcado reunião urgente no Conselho para discutir um contrato do Flamengo com o CFZ que pode causar um prejuízo ao Flamengo de R$ 50 milhões. Eu tinha recebido um outro email da Patrícia dizendo que não ia acontecer mais essa reunião, que estava tudo resolvido. Aí, fico sabendo depois que ela fez a reunião (terça-feira, com Leonardo Ribeiro) e o diretor da base (Carlos Noval) foi explicar tudo. Quem tinha que ir era eu. As acusações eram contra mim e os meus filhos. Como ia continuar assim, numa situação dessas? Perde-se a confiança. Tenho um passado. Eu não tinha mais condição, me jogaram do barco, me alijaram.